quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Tentarei de novo...

Um dia acordei e percebi que não fui desejada por alguém na família. Por muito que o meu coração estivesse ferido, ignorei, segui em frente e agarrei-me ao que pude. 
No outro dia acordo e percebo que cresci mais e lembro-me das mentiras permanentes, dos actos passados, é mais uma facada dentro do meu coração, as lágrimas caem-me repletas de dor, pelo meu bem e pelo bem dos que quero ver felizes, permaneço sozinha com este vazio que me abala a todos os dias que passa. Um dia choro, no outro dia ignoro a dor, no outro dia choro. no outro ignoro a dor... Chego a uma altura da minha vida, em que a revolta dá cabo de mim, obriguei-me a mim mesmo a ir ao fundo, nada em mim estava bem, aquilo que vi-a no meu espelho, não era eu mas um monstro... A comida não era bem-vinda no meu estômago, eu acho que era o meu coração que se revolucionou contra todo o meu ser.
Fui obrigada a ter de ouvir alguém desconhecido a falar comigo... mas tudo o que eu precisava de falar, não o pude dizer. Não queria e não conseguia. O meu ser obrigou-me a ser forte sozinha, a deixar aquele alguém que falava comigo para me ajudar mas no fundo nada daquilo que era suposto ajudar, ajudou... Porque eu não quis, não podia e não conseguia. Deixei aquele alguém... não sei onde arranjei forças para estar de novo bem, mas melhorei. Vivia todos os meus dias, com marcas no meu coração...
Tentava ultrapassar a dor mas sabem... cada dia que passava ou era vitória ou era mais uma facada, quando eu chorava pelas marcas do passado...eu sentia que era uma vitória, quando eu chorava porque havia mais alguma coisa no presente, era mais uma facada.
Eu era forte, eu chorava agarrava à almofada, às vezes ficava exausta e queria somente gritar... Mas não podia, nunca gritei como queria... e a dor ficava sempre dentro de mim. Senti-a a almofada molhada, com as minhas lágrimas, e chorava mais uma vez... No outro dia, as olheiras eram bem visíveis, perguntavam que era aquilo e eu ignorava e chorava quando podia e às vezes voltavam a perguntar-me o que se passava e eu dizia que tinha uma alergia qualquer nos olhos.
Aquilo que veio colmatar as facadas que se manteriam presentes no meu coração, foi a entrada de novos seres na minha família. Eles sim, deram razão há minha vida...E muitas vezes quando eu sofria o meu rosto iluminava-se de alegria... eles sim são os meus heróis. 
Um dia, eu descobri que alguém me atraiçoou, para ficar bem no papel, no papel da família. Nesse dia eu pensei que o meu fim aqui estava próximo...foi mais uma facada no meio de tantas outras. 
O meu coração é repleto de facadas vindo de pessoas sangue do meu sangue.
Por momentos... senti que tinha de ter sido adoptada. Porque eu não sou assim. No meio de tantas facadas, eu não me viro contra às pessoas, não juro vinganças. Sofro como se fosse eu a dar as tais facadas ao meu coração.
E agora continuo a sofrer, continuo a sentir todas as facadas as mais passadas e as outras. Queriam tanto que as coisas mudassem, fiz tudo aquilo que podia para remediar as feridas que me causavam, chorei e choro sozinha, ignoro a dor por vezes,  não ando a espalhar a dor pelos outros, faço de conta que está tudo bem quando não está, tento influenciar as pessoas para que não haja mais facadas, tento fazer o que está ao meu alcance para viver com paz nesta família. 
Luto sempre com todas as minhas forças mas sei que rodeada com pessoas como estas, não é muito fácil. 
Obtenho o sorriso com os heróis que deram mais sentido e ânimo a esta família.
Não sei se conseguirei lutar muito mais sem me ir abaixo como antigamente... Mas vou tentar sempre mais uma vez. Luto com o objectivo de conseguir... Se não for rodeada com todas estas pessoas, acredito que um dia lutarei com estas e outras pessoas. 


CC
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1 comentário:

Rui disse...

:( Desculpa princesa mesmo mas nao sei o que dizer. .apenas te digo isto(EU ESTOU AQUI PARA TUDO E NEM PENSES QUE TE DEIXO IR ABAIXO DEPOIS DE TUDO O QUE TE TEM ACONTECIDO NA VIDA,ESTOU AQUI PARA TI DIA E NOITE AMOR)força meu amor