Enfrentaste o teu pai, não o deixaste tocar no miúdo nem com mais um dedo , puseste a peruca que esconde os sinais visíveis da tua doença, por cima o chapéu que a tua mãe te deu com amor e carinho, dias antes de se ter matado, agarraste o teu irmão com todas as forças que restavam, limpaste-lhe as lágrimas. E ambos partiram em busca de outro caminho. Aquela casa era um pesadelo.
Sentias-te perdida, era raro saires à rua desde que a doença se instalou no teu corpo, todos os dias choravas e pedias a deus forças para aguentar aquela doença, eras o porto de abrigo daquela criança. E querias ser forte... tinhas prometido à tua mãe mudar o rumo da tua vida e do teu irmão..
E conseguiste fugir, apanhaste o primeiro comboio com destino à terra dos teus avós, com um miúdo no colo, uma doença entranhada no teu corpo... mas Encaraste a vida como lutadora e não como falhada!
O teu pensamento era somente este: *EU vou conseguir um novo rumo, não sei como... Mas Vou !*
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