quarta-feira, 11 de março de 2015

Os meus sobrinhos são das pessoas que mais amo no mundo. E sinto saudades quando estou muitos dias sem os ver. Fico preocupada quando sei que estão doentes, as lágrimas muitas vezes caem-me quando olho para fotografias deles bebés.
Custa-me tantas vezes dizer-lhes Não! Custa-me tantas vezes ralhar e chatear.
A minha sobrinha grande pode estar quase o dia todo comigo e se ao fim do dia se despede de mim, ainda me diz : Oh tia, aparece lá em casa, logo à noite.
Sei que me adora e precisa de mim, e eu gostava tanto de estar mais presente. De puder ajudá-la mais nos estudos, de ouvi-la nas suas histórias. Sinto que ela já precisa de ter alguém para confidenciar as suas históriazitas de namoricos e amizades e sei que às vezes me tenta falar disso, mas nem sempre tenho o tempo que devia para lhe dar atenção, nem sempre tenho as palavras certas para lhe dizer.
No fim de semana passado, antes de ir para o Alentejo, passei para lhes dar um beijinho. Ela dizia-me: Mas vais mesmo já? E quando vens? Só amanhã? Depois passas cá a noite se puderes, sim? Dizia-me aquilo triste. E ainda não tive com ela. Não fui lá, porque não vim no domingo mas sim na segunda. Tenho estudado e não tive tempo. Hoje vieram-me os remorsos, tenho saudades. E acabei de falar com a mãe dela por mensagens e amanhã vou lá a casa.
Ser tia é tão bom. E mudou-me. Fez-me aprender a amar tanto e a cuidar.

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